Como superar a crise e investir no seu E-Commerce

O que mais temos escutado em noticiários é como a crise financeira enfrentada pelo país tem afetado os grandes empresários, empreendedores e funcionários. O medo do retrocesso acaba levando a políticas de contenção e cortes de gastos, cobranças excessivas, entre outros fatores que acabam por ruir negócios promissores, e de maneira longe do ideal.

Neste âmbito, como o E-Commerce brasileiro tem encarado a situação? E mais importante ainda, o que se pode explorar em tempos de crise econômica a ponto de não apenas encará-la, mas superá-la? Estes são os momentos mais conturbados de qualquer negócio, mas com uma boa dose de criatividade e empenho, o destaque que o seu e-commerce pode ter após este período é inestimável.

Como a crise afeta o E-Commerce

Apesar de parecer uma grande novidade para muitas pessoas – afinal, o Brasil não passava por tempos de crise tão intensos há vários anos –, este tipo de situação não chega a ser novidade para quem investe no comércio eletrônico. Tanto no começo dos anos 2000, com a própria novidade da internet no Brasil, cujo pouco alcance inflacionou os negócios a ponto de não haver espaço, como na recente crise que veio dos Estados Unidos em 2009, os empreendedores virtuais perceberam suas falhas, e hoje possuem um crescimento expressivo no país.

Em ambos os casos, as lojas virtuais investiram em estratégias originais de vendas, entregas e mesmo modelos de negócio cada vez mais seguros e voltados para nichos específicos dos seus segmentos. E ainda que os números não sejam animadores, é possível dar início ao seu negócio virtual e garantir bons lucros.

A melhor lição a ser tomada, para este e quaisquer momentos críticos posteriores, é a persistência e a capacidade de se adaptar aos inúmeros cenários. Mesmo grandes redes de lojas virtuais, como a Netshoes e Magazine Luíza começaram em nichos pequenos, e a partir deles expandiram até o alcance que possuem hoje.

Antes de irmos especificamente as estratégias que possam ajudá-lo a superar ou destacar em meio a crise, cabe ressaltar que para qualquer negócio iniciado, em momentos mais complicados do mercado ou não, deve-se ter consciência que as dificuldades virão, e que o modelo de negócio deve ser bem estruturado para garantir uma gestão equilibrada.

Aproveitando o momento

Apesar de ter regredido de maneira não muito positiva, o e-commerce tem se tornado um meio cada vez mais seguro tanto para compras por parte dos usuários que possuem diversos meios de atestar a qualidade da loja e dos produtos antes de finalizar um pedido, como para o investidores. Para se ter uma noção mais clara, o número de compradores em lojas virtuais foi estimado em 51 milhões no final de 2014, o que para um país de grandes proporções como o Brasil é um grande avanço.

Como destacamos acima, a melhor maneira de aproveitar este crescimento do e-commerce, sobretudo em tempos de crise, é apostar nichos específicos. Um dos fatores que fez o comércio virtual crescer de fato foi justamente o investimento em áreas que não foram cobertas pelas grandes redes de lojas físicas, atendendo a públicos antes deixados de lado.

Porém, não basta apenas atender a uma parcela específica do público sem trazer propostas que façam valer a confiança no seu negócios. As estratégias empregadas para garantir a fidelidade de um público-alvo específico também devem ser tomadas com cautela, visando principalmente ofertas e soluções para estes tempos de crise. O que não inclui exatamente preços mais baixos ou fretes gratuitos, embora estas sejam estratégias viáveis.

O físico e o virtual

Se você já possui um negócio virtual, com alcance expressivo a ponto de investir em lojas físicas, este é outro grande momento para o seu e-commerce. Ainda que pareça contraditório ao momento econômico atual, apostar na versatilidade de acesso e atendimento público, trabalhando na sincronia de ambos os meios, pode de fato salvar o seu negócio. O Omnichannel, a prática de interligar os meios virtuais e físicos, é sua melhor saída.

O exemplo mais prático para realizar estas práticas de mercado está na compra de produtos. Um usuário poderia fazer a compra do produto que deseja, e fazer a retirada em uma loja física, por exemplo. O mesmo poderia ser relacionado a trocas, otimizando processos de acordo com o tamanho de sua empresa.

Outra forma muito efetiva é quanto ao atendimento. Independente dos meios em que ele entrará em contato, seus funcionários devem possuir os métodos e meios de oferecer ao cliente a melhor experiência possível. Com uma loja online bem estruturada, o que inclui um design responsivo, é possível captar clientes para sua loja literalmente de qualquer lugar, então faça bom proveito destes recursos de UX disponíveis.

Por fim, oferecer opções de compra acessíveis a seus clientes, o que vai desde o sistema de pagamento amplo até descontos em entregas – muitas vezes o “vilão” de muitas lojas virtuais –, pode garantir ao seu cliente a fidelidade nestes tempos de crise. 

Com alguns destes recursos e uma boa dose de criatividade para sobressair em situações desfavoráveis, o seu e-commerce pode receber o destaque merecido nestes tempos de crise. Não se deixe intimidar pelas adversidades, e coloque o seu negócio no topo.