Algumas regras do comércio online

Abrir uma loja virtual se tornou uma ótima possibilidade de negócio para uma boa parcela dos brasileiros. Motivados pela alta demanda de comércio online, que continua crescendo, eles buscam satisfazer as necessidades do consumidor digital de uma maneira prática e ágil. O que muitos deles esquecem, no entanto, é que o comércio eletrônico, apesar de ser uma categoria específica de negócio, tem responsabilidades e regras assim como um negócio físico. 

Saiba um pouco mais com outro post da s3commerce sobre: 5 dicas para promover sua primeira loja online e 5 fatores poucos conhecidos sobre e-commerce

Quando motivados pela facilidade de abrir um negócio virtual – e não pela boa oportunidade – muitos empreendedores acabam esbanjando técnicas de vendas e divulgação, pecando com a falta de profissionalismo. Para que você não sofra com os mesmos erros, aqui estão algumas regras básicas que você precisa saber antes de começar uma loja virtual.

Contato facilitado

Muitos empreendedores digitais encaram a loja virtual como um espaço inexistente. Ela está lá, na internet, mas não precisa existir de fato no mundo real. A maioria das lojas virtuais, principalmente quando pequenas, não precisam de um espaço físico. Mesmo assim, ela precisa existir de alguma maneira, ela precisa ser contatável.

É muito simples e exige menor investimento se a loja não precisar entrar em contato com o cliente. Na cabeça de muitos empresários, o cliente deve resolver sua compra sozinho através da internet, sem a interferência de alguém da loja. Na maioria dos casos é assim que acontece. Mas e se houver um problema, uma dúvida ou uma reclamação? Como o cliente procederia nestes casos?

É por isso que hoje há uma regra que obriga as lojas virtuais a criarem um canal de comunicação fácil com o seu cliente, o SAC. Pode ser por telefone, por chat, ou até por e-mail. O importante é funcionar e ser ágil na resolução dos problemas. Ignorar esta regra pode acarretar em multa, mas pior do que ela é a falta de confiança dos consumidores, que com certeza irão preferir comprar em uma loja melhor preparada para atendê-los.

Identificação = Venda

A internet é a porta de entrada para milhares de lojas. Algumas confiáveis, outras nem tanto. Exatamente por isso é necessário identificar sua loja, seja através de CPF ou CNPJ. Muitos empreendedores desconhecem esta regra ou insistem em omitir estes dados. Na maioria das vezes essa omissão não está ligada à falta de idoneidade da loja, mas sim ao medo de que os dados sejam utilizados de maneira indevida. Porém, não há saída: a loja precisa se identificar.

Quanto mais informações forem colocadas à disposição do cliente, mais ele irá confiar na sua loja e mais profissional ela vai parecer aos seus olhos. E cliente que confia, concretiza a compra, trazendo lucro para você. CPF, CNPJ, razão social, endereço físico (quando houver), telefone, e-mail, tudo isso serve para transmitir confiança ao cliente, que sabe que se houver problemas, pode reclamar e ter seus direitos preservados. Afinal de contas, seja virtual ou física, toda loja precisa zelar pelos direitos de seus consumidores

Saiba mais sobre por que os clientes abandonam o carrinho de compras.

Informação Completa

Comprar pela internet tem vantagens e desvantagens. A rapidez, a praticidade e tantas outras vantagens andam lado a lado com a falta que muitas pessoas sentem de tocar e visualizar os produtos comprados. Como minimizar essa falta? Dando ao cliente todas as informações. Não apenas o básico, mas tudo aquilo que possa lhe ser útil ou interessante.

Receber o produto precisa ser uma surpresa agradável. O cliente não pode olhar para aquela blusa e pensar: “ninguém me falou que ela era transparente”. Ele precisa saber, antes de finalizar a compra, tudo que é referente à mercadoria.

Aí entra a importância de uma descrição detalhada e de uma foto muito bem produzida, capaz de levar ao cliente a proximidade que ele não tem com o produto. Nem sempre as lojas omitem os detalhes por falta de ética, muitas vezes eles são omitidos pelo amadorismo, pela falta de sensibilidade na hora de anunciar. Evitar isso é um dos primeiros passos para garantir clientes satisfeitos, que podem passar a comprar na sua loja com regularidade.

E tem mais: a informação completa não diz respeito apenas ao produto. O preço do frete, o tempo de entrega, as formas de pagamento, os juros que incidem sobre o parcelamento, tudo isso precisa ser dito e explicado. O cliente não tem a responsabilidade de pesquisar e adivinhar sua política de trabalho - você precisa informá-lo.

Direito de arrependimento

As lojas virtuais são diferentes das lojas físicas. Mas não tanto! Algumas regras se aplicam a ambas, como é o caso do direito de arrependimento por parte do consumidor. O cliente tem 7 dias para voltar atrás da compra que foi realizada. No caso das lojas virtuais, os 7 dias começam a contar a partir do recebimento do produto.

A loja precisa garantir esse direito a seus clientes e negociar com eles as formas de devolução do produto e do dinheiro. Negar este direito resulta em multa – além, é claro, de denegrir a imagem da loja, que passa a não estar de acordo com os direitos do consumidor.

Assim como todo negócio, as lojas virtuais precisam respeitar uma séria de regras – e estas são apenas algumas delas. O fato é que muitos empresários começam movidos por empolgação e se esquecem de fazer a lição de casa, que é pesquisar tudo sobre o mercado onde estão inseridos.

Justamente por isso, cresce diariamente o número de problemas com lojas virtuais. Para evitar esta dor de cabeça, é preciso seguir as regras e colocar o consumidor sempre em primeiro lugar. Neste aspecto, uma loja virtual não é tão diferente de uma loja física, e aceitar isso é o primeiro passo para respeitar o direito dos seus clientes, que são o seu maior patrimônio.